
“O espaço é curto, quase um coral. Na mochila amassada uma quentinha abafada. Meu troco é pouco, é quase nada...”. “Não se anda por onde gosta, mas por aqui não tem jeito todo mundo se encosta...” “...sou mais um no Brasil da Central, na minhoca de metal...”
Trechos de “Rodo cotidiano” d’O Rappa
Trechos de “Rodo cotidiano” d’O Rappa
Ontem, no dia da baixada, “como sardinha na lata da SuperVia” (foto), no rush da volta para casa, depois de mais um dia de trabalho. Tive a oportunidade de bater um papo com a “mulher quebra-queixo”, conhecidíssima na linha Saracuruna/Central.
Fama que não se deve apenas por abrir caminho entre a muvuca de segunda à sexta, para vender o doce a dez centavos cada. Mais principalmente por se destacar da concorrência com uma simples pergunta: “Vai quebrar teu queixo?”
Dnª Elizabeth Menezes (foto abaixo), 56 anos. Mora em Jardim Gramacho e está a doze anos nesse “trampo informal”, e como se não bastasse o desamparo de todas as leis trabalhistas, ainda tem que se preocupar com os guardas contratados pela SuperVia, para entre outros, impedir o trabalho dos camelôs nos trens. Perdendo assim, volta e meia, toda a sua mercadoria.
Fama que não se deve apenas por abrir caminho entre a muvuca de segunda à sexta, para vender o doce a dez centavos cada. Mais principalmente por se destacar da concorrência com uma simples pergunta: “Vai quebrar teu queixo?”
Dnª Elizabeth Menezes (foto abaixo), 56 anos. Mora em Jardim Gramacho e está a doze anos nesse “trampo informal”, e como se não bastasse o desamparo de todas as leis trabalhistas, ainda tem que se preocupar com os guardas contratados pela SuperVia, para entre outros, impedir o trabalho dos camelôs nos trens. Perdendo assim, volta e meia, toda a sua mercadoria.

“Tem sempre tudo no trem que sai lá da central
Baralho, sorvete de côco, corda pro seu varal
Tem canivete, benjamim, tem cotonete, amendoim
Sonho de valsa... e biscoito integral
Tem sempre tudo no trem que sai lá da central
Chiclete, picolé do China e guaraná natural
Tem agulheiro, paliteiro, desodorante, brigadeiro
E um bom calmante quando a gente passa mal...”
Baralho, sorvete de côco, corda pro seu varal
Tem canivete, benjamim, tem cotonete, amendoim
Sonho de valsa... e biscoito integral
Tem sempre tudo no trem que sai lá da central
Chiclete, picolé do China e guaraná natural
Tem agulheiro, paliteiro, desodorante, brigadeiro
E um bom calmante quando a gente passa mal...”
Trecho de “Shopping móvel” – Luizinho e Claudinho do cavaco.
Este post é uma homenagem a todos os trabalhadores brasileiros, em especial à Elizabeth Menezes. Viva o feriado! Viva o trabalhador brasileiro!!!
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Serginho Verine vc é realmente iluminado, suas máterias surpreendem, e nos fazem pensar sempre.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Jefferson Ribeiro.
essa Foi a melhor matéria.. rs !
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