sexta-feira, 25 de abril de 2008

Celebrando um propósito


"...vou criar um caminho a seguir, mostrar que eu vou conseguir..."

Sem saída – Catedral


É um grande barato estarmos fechando mais um ciclo em momento de grande inspiração. A estagnação criativa que se via em aniversários anteriores deu lugar a uma comemoração de 8 anos de banda com diversos projetos em andamento, como novos riffs, novas letras (primando por novas abordagens), enfim, novas músicas, isso tudo com o vigor de quem começa e a maturidade de quem já coleciona experiências.

Basta mover a barra de rolagem para baixo para comprovar as multi-fases e situações experimentadas pela banda para que pudéssemos concluir finalmente que antes de partirmos em busca de um contrato, deveríamos primeiro estar prontos.

Reza a cartilha que toda banda começa na garagem fazendo covers, comparando-se com as outras, especialmente com aquelas que já chegaram lá, algo na linha da frase encontrada em trecho da música “Sonhos” de Caetano: “Tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo...”
Mas, conosco, as coisas não se deram de forma tão casual e despropositada, digamos que estaríamos mais para algo a la “Sem saída” do Catedral: “...vou criar um caminho a seguir, mostrar que eu vou conseguir...” Os propósitos alimentaram o progresso.

Sem sombra de dúvidas uma das melhores facetas que nos revelam é vociferar os valores cristãos através da música, sem o “evangeliquês” como disse o Marcão (Fruto sagrado) em seu comentário, referindo-se às letras de nossa primeira demo – Dezembro de 2003 – quando ainda atendíamos por Encontro Aéreo. São detalhes como este que influenciam o conjunto, dão personalidade à banda e permitem o crescimento.

Ainda dentro das trilhas percorridas pela banda, vale citar mais uma vertente não convencional que torna a sophia coerentemente louca: Nunca tivemos a paranóia de ficar procurando os santos lugares e as santas pessoas para então nos apresentarmos. Já largamos o braço em Assembléias de Deus e em sobrados na Lapa, em ar livre evangélicos e na Casa da Zorra.

“Pois a Bíblia em canto algum monopoliza as coisas a partir dos crentes e não crentes. Aliás, Jesus Cristo encontrou as virtudes basilares do Reino nos de fora...” Leonardo Silva > Mt 8: 5-10.

Talvez o que de melhor poderíamos dizer para traduzir 8 anos de existência é que, em mutantes formações vividas pela banda, em nada alteramos o ponto de partida (os propósitos) e o interesse central (promover a transcendência cristã, rompendo com a hipocrisia através da música). Saber o porquê de existirmos é sempre uma forma de nos mantermos firmes e com inteireza, delimitando passos futuros e entendendo melhor nossa própria trajetória, assim foi/é com a banda, que só subsiste por ter uma causa por qual existir e dela nunca ter se perdido. E lógico, seria muito injusto não fazer referência às pessoas que pela banda passaram, sem a contribuição delas ao longo desses anos tal causa não teria corpo para a realização desse projeto.


Por: Sérgio Verine e Wellington Martins

sexta-feira, 18 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Próxima parada, 1998.

Definitivamente não existem regras para a composição de uma música. Às vezes a melodia surge antes da letra, em outras, vice-versa. Isso quando não acontece da letra e a melodia aparecerem ao mesmo tempo e de forma súbita. Como ocorreu há mais de 3.650 dias, em “A crucificação”.

Composta dois anos antes do parto da Encontro Aéreo, atual Louca Sophia. A primogênita balada que completou no último dia 2 (abril), dez anos. Ainda encabeça uma espécie de “The best of...”, (lista imaginaria das melhores composições do grupo, feita pelos fãs, mais precisamente, meia dúzia de gatos pingados) - risos.



Recentemente revirando meus velhos rascunhos e os separando-os por data, descobri que - além dos cupins estarem fazendo a festa em meus arquivos – 1998 foi o ano em que mais escrevi letras de música, a maior parte na calada da noite. Transferindo do encéfalo para o papel (diga-se de passagem, por curiosidade: Do ofício ao guardanapo), dando-lhes após a utilização, cuidados fora do comum, para que a idéia inicial do que poderia vir se desenvolver, horas ou dias a seguir com calma, tornando-se uma mensagem potente. Não se perdesse como o meu sono – só encontrado pela aurora.

Desta “farta” safra, raras foram às músicas que sem bambolear aqui e acolá, apresentaram bons versos e melodia idem, como a simplicidade inteligente, natural e automática d“A crucificação”. Cabe aqui, que nem sempre regurgitar Dream–Theater (como tem se dedicado os nossos três manos de Sampa), surpreende. Afinal, já dizia Tom Jobim: “Isto só serve para fazer graça para a classe”, músicos.

De volta e já finalizando... a maioria dos escritos desta época tiveram o seu melhor arrancado sem dó nem piedade, para arquivamento – agora mental – e de corriqueira reviravolta. Frutos: “Encontro Aéreo”, finalizado em 99 e “Não se deixe lamentar”, em 2003. Ambas presentes no novo CD - demonstrativo da banda, juntamente com a aniversariante.

No mais, é só festa. Velas sobre o bolo!

Um forte abraço, até...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Não foi encenação

Febre alta, dor de cabeça... um conjunto de sintomas terríveis intercalado por perfurações na veia, para contagem de plaquetas e hidratação. A dengue obrigou este inquieto que vos digita a abaixar – por alguns dias – o facho.

Facho que só se ergueu novamente, impulsionado pelas plaquetas. Que finalmente saltaram de 59 para 180 mil, na segunda semana de peleja, entre os dias 2 (em que “A crucificação” – quarta faixa do novo CD demonstrativo da Louca – completou 10 anos) e 7 de abril. Por coincidência, o dia da saúde.

Por fim, recuperado, quero agradecer a minha mãe (Dnª Carmem), Gi (minha noiva), Dnª Alice, Dnª Luiza, Leonardo, Gustavo e sua namorada Carla, Marcelo, Fabiano, Abraão, João Jorge, Dnª Neves, Thiago, Guilherme e os demais da Louca pelo o apoio, visita, por tudo.

Valeu!