quarta-feira, 16 de abril de 2008

Próxima parada, 1998.

Definitivamente não existem regras para a composição de uma música. Às vezes a melodia surge antes da letra, em outras, vice-versa. Isso quando não acontece da letra e a melodia aparecerem ao mesmo tempo e de forma súbita. Como ocorreu há mais de 3.650 dias, em “A crucificação”.

Composta dois anos antes do parto da Encontro Aéreo, atual Louca Sophia. A primogênita balada que completou no último dia 2 (abril), dez anos. Ainda encabeça uma espécie de “The best of...”, (lista imaginaria das melhores composições do grupo, feita pelos fãs, mais precisamente, meia dúzia de gatos pingados) - risos.



Recentemente revirando meus velhos rascunhos e os separando-os por data, descobri que - além dos cupins estarem fazendo a festa em meus arquivos – 1998 foi o ano em que mais escrevi letras de música, a maior parte na calada da noite. Transferindo do encéfalo para o papel (diga-se de passagem, por curiosidade: Do ofício ao guardanapo), dando-lhes após a utilização, cuidados fora do comum, para que a idéia inicial do que poderia vir se desenvolver, horas ou dias a seguir com calma, tornando-se uma mensagem potente. Não se perdesse como o meu sono – só encontrado pela aurora.

Desta “farta” safra, raras foram às músicas que sem bambolear aqui e acolá, apresentaram bons versos e melodia idem, como a simplicidade inteligente, natural e automática d“A crucificação”. Cabe aqui, que nem sempre regurgitar Dream–Theater (como tem se dedicado os nossos três manos de Sampa), surpreende. Afinal, já dizia Tom Jobim: “Isto só serve para fazer graça para a classe”, músicos.

De volta e já finalizando... a maioria dos escritos desta época tiveram o seu melhor arrancado sem dó nem piedade, para arquivamento – agora mental – e de corriqueira reviravolta. Frutos: “Encontro Aéreo”, finalizado em 99 e “Não se deixe lamentar”, em 2003. Ambas presentes no novo CD - demonstrativo da banda, juntamente com a aniversariante.

No mais, é só festa. Velas sobre o bolo!

Um forte abraço, até...

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